terça-feira, 19 de agosto de 2014

A Cidade a Meu Ver


A cidade olha,
com olhar difuso,
esse povo obtuso
transitando pelas vias
de sua alma...

A cidade esta calma,
e coberta de entulho.
Precisa dar um mergulho
num mar de limpeza.

A cidade da beleza
(brilhante de dia)
tem em sua sinfonia
um solo de pobreza.

A cidade quando ronca,
acorda assustada
sendo vilipendiada
e levando bronca.

A cidade é assim:
próspera e pobre.
De um lado o nobre,
do outro o chinfrim.

A.J. Cardiais
Imagem: google
Poema do livro "Anarquia Poética"

domingo, 17 de agosto de 2014

Tempo Destruidor













Disputo com as horas,
uma vaga no tempo...
Um segundo é ouro,
neste nosso tão desperdiçado
tempo.

Agora, um pouco tarde,
quando nunca é tarde para nada.
Descobrir o Brasil ainda é válido.

Corro, literalmente escrevendo,
para que as ideias (?) se fixem.
E luto ainda mais com o tempo,
porque ele só cuida de apagá-las.

A.J. Cardiais
06.08.1989
imagem: google

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sem Nexo - Um Desvario


Veia tupiniquim na alma.
Olhos verdes, olhos d’água.
Luz que apaga a cristalina,
vira os olhos da menina.

Estou num transe,
transo tudo...
Sou o abelhudo
que mordeu a língua errada.

Se estou um traste,
não me retrato...
Confundo, confundo-me,
sou o que sou...

Deixo-me levar
nas asas de um bem te vi
e penso que estou lá,
quando estou aqui.

A.J. Cardiais
16.04.2011
imagem: google